UMA NOVELA DE JHEFF REIS
Cena 01 | Algum lugar | Madrugada
Malu e Toni dormem no meio do mato. Malu acorda assustada.
Toni – Calma, calma! O que foi?
Malu – Estou com um pressentimento de que algo aconteceu com meu pai.
Toni – Acho que não. Pode ter sido apenas um pesadelo.
Malu – Não! Eu tenho certeza que aconteceu alguma coisa.
Toni – Se realmente aconteceu talvez nos vamos saber.
Malu – Eu quero voltar.
Toni – O que?
Malu – Quero voltar pra casa.
Toni – Se a gente voltar você sabe que não vamos poder ficar juntos.
Malu (Pensativa) – Verdade…
Toni – Se aconteceu alguma coisa mesmo, vamos saber logo que amanhecer. Agora tente dormir por que a viagem vai ser longa.
Malu – Tudo bem!
Malu deita pra tentar dormir.
Cena 02 | Casa de Agapito | Quarto de Cecília | Madrugada.
Continuação…
Agapito continua caído no chão. Jurema entra no quarto.
Jurema (Com lagrimas nos olhos e com a voz estremecida) – O que foi que você fez com o seu pai?
Cecília – Eu não fiz nada!
Jurema senta-se na cama segura a mão de Cecília.
Jurema – Me perdoe minha filha. Eu vi tudo!
Cecília – O papai morreu?
Jurema se agacha próximo ao corpo de Agapito.
Jurema – Morreu!
Cecília levanta-se da cama e abraça Jurema que continua agachada.
A madrugada passa…
Cena 03 | Casa de Agapito | Dia.
O corpo de Agapito está na sala coberto por um lençol branco.
Juca – O que a senhora quer que eu faça agora mãe Jurema?
Jurema – Vá até a cidade chamar o Padre. Quero que ele reze para o meu marido antes dele ser enterrado.
Juca – Será que o Padre vai aceitar depois de tudo que o pai fez?
Jurema – Ele é um religioso. E não importa o que o Agapito tenha feito.
Juca – Vou buscar o Padre.
Juca sai.
Cena 04 | Estrada | Dia.
Um carro vem vindo pela estrada. O carro para próximo a Toni e a Malu.
Henrique – Maria Lúcia? O que está fazendo aqui sozinha com esse rapaz?
Malu – Doutor Henrique? Eu… Eu estou indo embora.
Henrique – Não esta sabendo?
Malu – De que?
Helena (Para Henrique) – Não conte! Deixe que ela volte pra casa.
Malu – Não! Por favor, conte o que foi que aconteceu?
Henrique – Estamos indo pra sua casa. Sua mãe me telefonou informando que seu pai havia falecido.
Malu (Para Toni) – Eu disse, eu disse! Eu sabia Toni, eu sabia que tinha acontecido alguma coisa.
Toni – Quando foi isso, senhor?
Henrique – Na madrugada!
Malu (Chora desesperada) – Eu tenho que voltar! Eu tenho que voltar Toni, por favor.
Henrique – Se quiser podemos levar vocês.
Toni – Então vamos!
Os dois entram no carro que segue caminho.
Cena 05 | Cidade | Igreja | Dia.
Juca chega exausto a igreja.
Juca – A benção Padre?
Padre (Ignora) – O que veio fazer aqui? Veio executar mais uma ordem do seu maldito patrão?
Juca – Não vai me abençoar?
Padre – Quer benção depois do que fez comigo?
Juca – Tudo bem, eu só vim por que a mãe Jurema me pediu um favor.
Padre – E do que se trata?
Juca – Na madrugada o pai Agapito faleceu.
Padre (Assustado) – Faleceu? Como assim homem?
Juca – O pai sofria de problemas do coração, num sabe? Então ele passou mal na madrugada e caiu lá durinho no chão.
Padre (Se benzendo) – Misericórdia…
Juca – A mãe Jurema quer que o senhor vá até a fazenda rezar pelo corpo.
Padre – Pois vá e diga que eu não posso!
Juca – E por que não?
Padre – Por que eu não vou rezar pelo corpo de um miserável que entrou na igreja e pós uma arma na minha cara afim de me matar!
Juca – Pois o Padre esquece que essa igreja só está aqui por que é mantida pelo dinheiro do pai Agapito.
Padre – Mais eu nunca fui naquela fazenda pra pedir um tostão furado ao seu Agapito. Ele que sempre se ofereceu a ajudar a igreja pela fé que ele tinha.
Juca – Então Padre, pela fé que ele tinha faz esse esforço e vem comigo pra fazenda.
Padre – Tudo bem meu filho, eu vou. Espere só um segundo que eu vou buscar meu chapéu e tomar um gole d’água.
Juca – Sim senhor!
O padre vai à busca do chapéu. Juca fica esperando.
Cena 06 | Casa de Agapito | Dia.
Está Jurema e Cecília na sala a espera do Padre. Um carro chega lá fora.
Malu entra gritando.
Malu (Gritando/chegando) – Mãe? Mãe?
Malu corre para os braços de Jurema.
Jurema – Minha filha!
Malu – É verdade o que aconteceu com o papai?
Jurema – É verdade minha filha!
Henrique (Entrando) – Bom dia dona Jurema.
Jurema – Bom dia querido!
Helena – Onde está o corpo do meu irmão?
Jurema – Ali. Maria, eu quero conversar com você minha filha.
As duas vão pra cozinha.
CORTA PARA; COZINHA.
Jurema – Por que minha filha? Por que você fugiu?
Malu – Eu amo o Toni, minha mãe. E no dia que ia casar com ele a Cecília me prendeu no pasto e foi no meu lugar. Ela se casou com ele no meu lugar.
Jurema – Mais ele usou ela.
Malu – Isso não é verdade! A Cecília falou isso por que ele não quis nada com ela.
Jurema – E seu pai morreu caçando esse pobre rapaz. Eu vou conversar com a sua irmã.
Malu – Não precisa fazer isso.
Juca chega.
Juca – Dona Jurema o padre já chegou.
Jurema – Vamos pra sala.
Todos voltam para a sala.
O padre começa a rezar.
Chega à tarde…
Cena 07 | Cemitério da cidade | À Tarde.
Todos acompanham o enterro de Agapito.
Malu chora copiosamente.
Malu – Meu pai!
Toni a abraça.
Padre (Considerações finais) – Que o senhor conforte o coração de toda a família.
Todos começam a ir embora.
Malu e Cecília se cruzam na porta do cemitério.
Malu – Feliz agora?
Cecília – Me esquece! Vai viver sua vidinha de merda com o Toni.
Malu – Deixa só a mamãe ouvir isso.
Cecília – O que é que você quer?
Malu – Quando chegarmos em casa vamos acertar as contas. Só eu e você!
Cecília – Não precisa esperar chegar em casa. Se quiser podemos resolver aqui mesmo.
Malu encara Cecília.
FIM DO CAPÍTULO
Escrita por
Jheff Reis
Direção
Vinny Lopes
Realização
ADNTV Ficção 2017
Tomara que Cecília leve uns sarrabuio (tapas) de Malu. Agapito morreu. Não vou mentir adoooooooooro!
kkkkkk é ele morreu
Gente! Será que vai ter tapas no cemitério? Louca pra ver a Malu dando um sacode na Cecília rsrs
Será? 😀
Surra no cemitério? Não vou mentir, adoro! Quero ver os espiritos do lado gritando: “surra, é surra”.
kkkkkk Que louco seria em? rsrsrs